Montado há já cerca de 5000 anos, e considerado
o mais antigo cavalo de sela do Mundo, este animal foi
selecionado como cavalo de guerra e deste núcleo
foram levados animais para os exércitos de Cartágo
, de Esparta, e para os hipódromos de RomaCavalo
de " sangue quente" como o Puro Sangue Inglês
e o Puro Sangue Árabe, o Puro Sangue Lusitano é
o produto de uma seleção de milhares de
anos, o que lhe garante uma "empatia" com o
cavaleiro, superior a qualquer raça moderna.Selecionado
como cavalo de raça e de combate ao longo dos séculos,
é um cavalo versátil, cuja docilidade, agilidade
e coragem. lhe permitem hoje competir em quase todas as
modalidades do moderno desporto eqüestre, confrontando-se
com os melhores especialistas.As corridas de touros podem
ser consideradas como a versão moderna da equitação
da "Gineta", que tanta fama e louros conseguiu
para os exércitos que a utilizaram durante os tempos
das guerras.
O Cavalo Ibérico, com a forma que tem atualmente,
mantém-se semelhante aos seus ascendentes, como
o demonstra, a parencia com as antigas estátuas,
gravuras e descrições que chegaram aos
nossos dias remontando à pré-história
Ibérica, tendo passado pelos períodos
dos Romanos, pela Idade Média e pela Renascença.
As suas capacidades naturais tem como origem aquelas
descritas e tão louvadas pelos historiadores,
pretendendo os criadores que venham a ser melhoradas
com a introdução de provas morfo-funcionais.
( Quase todas as raças modernas de cavalos de
sela têm sangue do Cavalo Ibérico.)
Segundo vários autores, o fator que mais pesou
na diferença que existe nos nossos dias entre
o Cavalo Lusitano e o Andaluz, teve a sua origem no
fato de, no princípio do século XVIII,
ter aparecido na Espanha o toureiro a pé, como
revolta popular pela proibição imposta
pelo Rei Filipe V das corridas de touros. A partir daí,
com a menor utilização do cavalo Andaluz
para o toureio, passou a sua seleção a
apontar no sentido de um cavalo de tiro ligeiro e de
passeio, enquanto que em Portugal se manteve a criação
no sentido de produzir bons cavalos de toureio.
Desde 1967, por acordo estabelecido entre os criadores
Portugueses e Espanhóis, os Livros Genealógicos
foram separados , levando os criadores dos dois países
a seguirem trajetórias paralelas, com métodos
de seleção e classificação
próprios.
O Livro Genealógico da Raça Lusitana
foi entregue à Associação Portuguesa
de Criadores de Raças Seletas, passando em 1990
para a Associação Portuguesa de Criadores
do Cavalo de Puro Sangue Lusitano nesse ano criada para
se dedicar exclusivamente à divulgação
e defesa do Cavalo Lusitano.
A institucionalização oficial do Stud-Book
da Raça Lusitana, foi sem dúvida, um passo
decisivo, no progresso da mesma, ao condicionar a admissão
de reprodutores aos requisitos mínimos do respectivo
padrão, dando origem a um generalizado e criterioso
trabalho de seleção, facultando o conhecimento
aprofundado das genealogias, permitindo perpetuar e
tirar partido das linhas formadas a partir da insistência
em determinar reprodutores (emparelhamento em linha).
Aliás para um processo zootécnico eficaz
e relativamente rápida há evidente vantagem
em aspectos que interessam ao criador, nomeadamente
na pureza e uniformidade da raça e na conseqüente
prepotência dos reprodutores obtidos.
Só são inscritos poldros filhos de animais
já aprovados como reprodutores e aos quais já
tenha sido feito testes de confirmação
da paternidade. A obrigatoriedade deste teste para inscrição
dos poldros, vem dar uma ainda maior credibilidade ao
Stud-Book, pois torna completamente interdita a entrada
de animais de sangue exterior à raça.
Ao atingirem a idade adulta, os animais são submetidos
a uma inspeção realizada por uma Comissão
de Peritos da Raça, e caso atinjam os parâmetros
mínimos estabelecidos, passarão ao Livro
de Reprodutores, podendo assim os seus filhos ser inscritos
no Livro. A este ciclo que rege o normal funcionamento
do Livro Genealógico da Raça Lusitana,
têm vindo a ser adicionadas provas funcionais.
No limiar do ano 2000 o Puro Sangue Lusitano volta
a ser procurado como montada de desporto e lazer, e
como reprodutor, pelas qualidades de caráter
e antigüidade genética. A sua raridade resulta
de um pequeníssimo efetivo de cerca de 2000 éguas
produtoras. Em Portugal, berço da raça,
estão apenas em produção cerca
de 1000 éguas, no Brasil 600, em França
200, distribuindo-se as restantes pelo México,
Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Itália,
Canadá e Estados Unidos da América.
fonte: Cavalos.com
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